segunda-feira, 22 de outubro de 2012



“Você irá me buscar no aeroporto e eu irei te procurar no desembarque por alguns segundos porque você foi idiota o suficiente pra não escrever o meu nome numa plaquinha qualquer. Você me dará um sorriso e eu não hesitarei em retribui-lo. Você me perguntará como foi a viagem e eu vou fingir não estar cansado e dizer que ocorreu tudo bem. Conversaremos por mais alguns minutos, até você me da um abraço, que eu não serei capaz de recusar. Tomaremos um táxi e iremos para um hotel. Te convidarei pra subir. Vou dizer que preciso de um banho, mas deixarei a porta do banheiro aberta pra que possamos prosseguir com a conversa. Sairei com a toalha amarrada na cintura, na intenção de te impressionar - mesmo não tendo um corpo definido -. Notarei sua face corar e o desvio do teu olhar. E consequentemente irei sorrir. Você me perguntará o motivo do meu riso e responderei dizendo que sou apenas uma pessoa feliz. Vou te pedir pra virar de costas para que eu possa me trocar e vou desejar que você me espie, mesmo que escondido. Nos sentaremos na cama - você ainda sem jeito - e conversaremos por mais alguns minutos. Depois de algum tempo… Um silêncio intrigante tomará conta do ambiente. E devagarzinho eu irei me aproximar de você, até ficar face a face. Te puxarei para perto e brincarei com o seu rosto. Direi: “É nessa hora que nos beijamos?”. Não irei esperar por uma resposta e me levantarei. Depois de hesitar por alguns segundos… Te abraçarei por trás e morderei sua orelha. Te segurarei bem forte para que não possa se virar. Te conduzirei até a parede e levantarei seus braços com os meus. E depois depois de te encarar por mais alguns segundos… O beijo virá… O fim disso, eu te conto quando chegar ai.” — Querido John

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